segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Como construir banheiros para deficientes físicos /cadeirantes

O banheiro é um dos maiores desafios diários para pessoas com deficiência física, sobretudo para os cadeirantes. Por isto, a reforma ou construção da casa onde vivem, requer um projeto especial.
Qualquer pequeno detalhe facilita ou dificulta muito o acesso e a independência do cadeirante.
Veja uma relação do que não deve ser esquecido:
  • As portas precisam ter a largura de no mínimo 80cm;
  • As torneiras devem preferencialmente ser do tipo pressão e os misturadores monocomando (tanto na pia quanto no chuveiro);
  • As maçanetas  devem ser do tipo alavanca;
  • O espaço livre no banheiro deve ser suficiente para manobrar a cadeira (para o giro de 360º, é necessário um diâmetro de 1,5m livre);
  • São necessárias barras de apoio em todo o banheiro, para uso do chuveiro, do vaso e da pia;
  • A altura da pia deve ser de 80cm do piso com o vão livre abaixo de 70cm de altura;
  • A borda inferior do espelho deve estar a uma altura de 90cm do piso;
  • As portas dos boxes devem ter  no mínimo 0.80cm de largura, mas se for possível é preferível não haver porta;
  • O espaço do box deve ter 1,50 x 1,50 m
  • Os assentos dos vasos sanitários tem que estar a  uma altura de 46cm do piso;
  • Os desníveis máximos no piso devem ser de 2cm.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Push Girls - Conheça as estrelas cadeirantes do novo e inovador reality show

Como todo aspirante a ator, sem dúvida atestar uma carreira de ator em Hollywood é difícil. Então imagine os desafios se um esperançoso deles é paraplégico e está confinado em uma cadeira de rodas. Um novo programa baseado neste cenário está definido para ser o próximo grande reality da TV.
Push Girls, que irá ao ar no canal Sundance em abril, segue a vida pessoal de quatro cadeirantes mulheres como elas enfrentam suas lutas familiares da maternidade aos relacionamentos.


Uma mulher diz que é uma produção verdadeira, falando seriamente sobre como as convenceu a participarem dos 14 episódios da série.
Angela Rockwood, 36 anos, é uma atriz que apareceu no ‘Velozes e Furiosos’ antes de um acidente de carro em 2001 que a deixou paralisada no tronco, braços e pernas.
“Eu sou tetraplégica, então eu preciso de mais assistência que as outras meninas”, ela disse ao Jornal New York. “Eu preciso de alguém para me vestir. Eu preciso de alguém para me dar banho. Eu preciso de alguém para me locomover… esta é a minha realidade, e é importante o programa mostrar isso.”



Senhorita Rockwood pode não ser capaz de tomar banho ou ir ao banheiro sem ajuda mas a questão principal que consome a sua vida é mais simples: um divórcio.
“Eu acho que o denominador comum entre nós é a cadeira de rodas,” ela acrescenta sobre sua atuação. “Mas isto não é sobre a cadeira de rodas. É sobre a coragem/força, e como nós vivemos nossa vida ao máximo.”
Thiphany Adams, 28 anos, modelo, sobreviveu a um acidente automobilístico devido ao álcool em seu último ano do colegial o qual deixou três amigas mortas. Ela tinha cinco por cento de chance de viver segundo os médicos.
Ela disse ao jornal: “Muitas pessoas desistiriam. Mas de todas as quatro meninas ela escolheu triunfar sobre a tragédia.”
Na verdade, Auti Angel, 42 anos, era uma dançarina de hip-hop de sucesso que trabalhava com Milli Vanilli no início dos anos noventa, antes de um acidente de carro em 1992.
“Eu era J Lo antes da J Lo,” Senhorita Angel disse ao website disaboom.com. “Eu dançava com LL Cool J. Eu fiz tours com artistas de rap e estava prestes a assinar um contrato de gravação como parte de um ‘grupo de Hip Hop de mulheres latinas’. Então o trágico acidente de carro aconteceu, lesionando minha medula espinhal e me deixando em uma cadeira de rodas.”

Mas, apesar de ser afastada pela gravadora, porque eles não eram ‘dispostos a esperar [por uma recuperação]’, a energia e o dinamismo da senhorita Angel nunca foram ofuscados.
“Uma vez dançarina, sempre dançarina,” ela diz. “O espírito da dança nunca morre, não importa o que acontece com o seu corpo.”
Como suas colegas de elenco, o objetivo da Senhorita Angel será mais familiar ao público do programa – ela é uma das que estão tentando engravidar e começar uma família.
O último membro do elenco é a Mia Schaikewitz, 32 anos, uma competitiva nadadora formada, que perdeu a movimentação das pernas depois de um raro tipo de derrame cerebral aos 15 anos de idade.



No programa, Senhorita Schaikewitz avalia o término do seu relacionamento com um namorado andante e encara nadar de novo pela primeira vez depois do acidente.
A produtora, Gay Rosenthal, que também está por trás das séries ‘Little People, Big World’ (reality de uma família com dois membros que sofrem com um tipo de nanismo), diz que Push Girls é uma idéia inovadora.
“Estou sempre tentando ultrapassar barreiras”, ela diz ao Jornal New York. “Comecei a desenvolver este programa assim que conheci as meninas”.
Mas ela acrescentou que o conceito de um reality show sobre quatro mulheres em cadeira de rodas foi duro de ser vendido.
“Definitivamente existem uns [canais] que não sabem o que fazer com isso” o programa, ela admite.

Fonte: Mail Online



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cadeira de rodas na neve?


Nós moramos em um país abençoado, onde não temos muitos terremotos, furacões, vulcões e nem problemas com neve. Mas você pode se perguntar, como seria a vida de um cadeirante em um país onde tivéssemos neve e mais esse problema para atrapalhar a locomoção?
Este vídeo mostra uma cadeira de rodas com uma adaptação muito interessante, pois ela permite que o cadeirante possa se locomover em locais com neve. Claro que não é para andar em montanhas de neve, mas já fazem com que a independência possa retornar, mesmo em locais com menos acesso por conta da neve.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pare, Pense, Mude!

Não importa o que se tem na vida

Em visita ao blog Deficientes Unidos eu encontrei este texto e quis compartilhar com vocês.


Temos no mundo muitos exemplos de superações incríveis que só a força de vontade e a dádiva de Deus para mostrar que, quando se quer de verdade, não é uma limitação em algum órgão ou função do corpo que pode ser uma barreira intransponível. Pode ser mais difícil a vitória, no entanto ela é mais saborosa e, muitos estão por ai para mostrar que são capazes de transpor estas barreiras e chegar a onde se quer. Um exemplo pode ser as paraolimpíadas, menos divulgadas, menos valorizadas e, no entanto, os para-atletas (destaque para os brasileiros) deram um show muito maior do que os atletas ditos normais.Valorizem o ser humano em primeiro lugar porque ele é ser humano e, no entanto, não é uma deficiência que o faz ser inferior a você dito normal.

O mundo dá tantas voltas e acontecem tantas coisas imprevisíveis que nada o garante continuar como estás agora, pois quase 90% das deficiências são adquiridas no decorrer da vida. O trânsito é um grande causador destes fatos, erros médicos, demora na hora do parto, doenças adquiridas, imprudências etc.Se cada pessoa pensasse que hoje é o outro que esta com uma deficiência, mas que amanhã pode ser ele, todos tratariam o próximo com mais humanidade.
Aproximem das pessoas com deficiência, perguntem se elas precisam de alguma coisa, auxiliem-nas com naturalidade. Tenham respeito por elas e conversem com elas sobre a melhor forma de ajudá-las.O mundo só terá mais amor e será melhor quando a gente tiver a coragem de ver o próximo como irmão...

Vera Lúcia Sábio

Tenham todos uma ótima semana.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Lazer inclusivo


Desde o dia 07/01 a Tenda Multiartes, patrocinada pela Transpetro e com parceria do Sesi, localizada na Avenida Beira Mar, em Tramandaí, traz diversas atrações neste verão. Com uma programação esportiva e cultural extensa, além de diversas oficinas, está aberta todos os dias, das 9h às 19h.
Além das atividades esportivas e culturais, a Tenda também proporciona atividades de lazer inclusivo, como banhos de mar em cadeira anfíbia, passeios nas dunas em cadeiras "off road", jogos de xadrez e dominó para deficientes visuais, além de vôlei sentado.
A proposta é levar as pessoas que usam cadeiras de rodas para o banho de mar (na foto Davi e Ari prontos para o banho de mar).
Na Tenda Multiartes foram construídas três rampas para tornar mais acessível o banho de mar e para fevereiro está previsto um desafio em cadeira de rodas na beira da praia e dança ginástica em cadeira de rodas.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Até onde você pode ir?

Prevenção Rima com Verão


No final de semana dos dias 7 e 8 de janeiro, a Universidade Feevale, em parceria com a Associação de Lesados Modulares do Rio Grande do Sul (Leme), elaborou a campanha “Prevenção Rima Com Verão”, na beira da praia de Tramandaí, no Litoral norte do RS. O objetivo da campanha foi de conscientizar a população para evitar acidentes nesta época do ano.
No espaço onde a campanha foi realizada, os cursos da Feevale de Fisioterapia, Quiropraxia, Enfermagem, Educação Física e Nutrição realizavam atividades com o público que visitava o local. Um dos veranistas que visitou o local foi o aposentado Ivo Gonçalves, de 68 anos, que teve um rápido tratamento com a Quiropraxia, e gostou da experiência. “É legal essa iniciativa de atendimento médico aqui na beira da praia. E é melhor ser atendido na praia do que em um hospital (risos)”, conta.
A temática é o Anjo da Guarda, inspirada no Game do Anjo, que foi elaborado pelo curso de Jogos Digitais da Feevale. Os deficientes físicos da Leme também estavam na praia ajudando na divulgação, entre eles o cadeirante Adilson Franck, 29 anos. “A gente se sentia meio excluído e agora nos sentimos melhor, até podemos entrar no mar. O jogo elaborado pela Feevale, que trata de prevenção de acidentes, é muito bom”, elogiou. O secretário da Leme, Maurício Fleck, também destacou a campanha. “É uma maneira de sermos anjos e alertarmos a todos quanto ao perigo de acidentes.”

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ser cadeirante é



Ser cadeirante é ter o poder de emudecer as pessoas quando você passa… Ser cadeirante é não conseguir passar despercebi­do, mesmo quando você quer sumir! E ser completamente ignorado quando existe um andante ao seu lado. E isso não faz sentido, as pernas e os braços podem não estar fun­cionando bem, mas o resto está!

Ser cadeirante é amar ele­vadores e rampas e detestar escadas… Tapetes? Só se fo­rem voadores, por favor! Ser cadeirante é andar de ônibus e se sentir como um “Power Ranger” a diferença é que você chega ao ponto e diz: “é hora de MOFAR”.
Ser cadeirante é ter al­guém falando com você como se você fosse criança, mesmo que você já tenha mais de duas décadas. Ser ca­deirante é despertar uma cor­dialidade súbita e estabanada em algumas pessoas. É en­graçado, mas a gente não ri, porque é bom saber que, ao menos, existem pessoas ten­tando nos tratar como iguais e uma hora eles aprendem!
Ser cadeirante é conquis­tar o grande amor da sua vida e deixar as pessoas im­pressionadas… E depois ficar impressionado por não en­tender o porquê do espanto. Ser cadeirante é ter uma veia cômica exacerbada. É fato, só com muito bom humor pra tocar a vida, as rodas e o povo sem noção que aparece no caminho.
Ser cadeirante e ficar grá­vida é ter a certeza de ouvir: “Como isso aconteceu?” Foi a cegonha, eu não tenho dú­vidas! Os pés de repolho não são acessíveis! Ser cadeiran­te é ter repelente a falsidade. Amigos falsos e cadeiras são como objetos de mesma po­laridade se repelem automati­camente.
Ser cadeirante é ser em­purrado por aí mesmo quan­do você queria ficar parado. É saber como se sentem os car­rinhos de supermercado! Ser cadeirante é encarar o absur­do de gente sem noção que acha que porque já estamos sentados podemos esperar, mesmo! Ser cadeirante é uma vez na vida desejar furar os quatro pneus e o estepede quem desrespeita as vagas preferenciais.
Ser cadeirante é se sen­tir uma ilha na sessão de ci­nema… Porque os espaços reservados geralmente são um tablado, ou na turma do gargarejo e com uma distân­cia mais que segura para que você não entre em contato com os outros andantes, mes­mo que um deles seja seu cônjuge!
Ser cadeirante é a cer­teza de conhecer todos os cantinhos. Por que Deus do céu,todo mundo quer arru­mar um cantinho para nós? Ser cadeirante é ter que com­prar roupas no “olhômetro” porque na maioria das lojas as cadeiras não entram nos provadores. Ser cadeirante é viver e conviver com o fan­tasma das infecções urinárias. E desconfio seriamente que a falta de banheiros adaptados contribua para isso.
Ser cadeirante é se sentir o próprio guarda volumes ambulante em passeios pelo shopping. Ser cadeirante é curtir handbike, surf, basque­te e outras coisas que deixam os andantes sedentários mor­rendo de inveja. Ser cadeiran­te é dançar maravilhosamen­te, com entusiasmo e colocar alguns “pés-de- valsa” no bol­so… Ser cadeirante é ter um colinho sempre a postos para a pessoa amada. E isso é uma grande vantagem! Ser cadei­rante (e mulher) é encarar o desafio de adaptar a moda pra conseguir ficar confortá­vel além de mais bonita. Ser cadeirante é se virar nos trinta para não sobrar mês no fim do dinheiro, porque a conta básica de tudo que um ca­deirante precisa… Ai… Ai …Ai… Essa merece ser chamada de “dolorosa”.
Ser cadeirante é deixar um montão de médicos com cara de: “e agora o que eu faço”? Quando você entra pela por­ta do consultório. Algumas vezes é impossível entrar, a cadeira trava na porta. Ser cadeirante é olhar um corri­mão ou um canteiro no meio de uma rampa, ou se depa­rar com rampas que acabam em um degrau de escada e se perguntar: Onde estudou a criatura que projetou isso? Será mesmo que estudou?
Ser cadeirante é ir à praia mesmo sabendo que cadei­ras mais areia mais maresia não são uma boa combina­ção! Ser cadeirante é sentir ao menos uma vez na vida von­tade de sentar no chão e jogar a cadeira na cabeça de outro ser humano, que esqueceu a humanidade no fundo da ga­veta de casa!
Ser cadeirante é ter os sentidos aprimorados. Não perdemos os sentidos, so­mos pessoas que perderam os movimentos. Somos pes­soas que ganharam braços mais fortes, audição mais aguçada que a do super-cão e olhos de águia, que en­xergam de longe a falta de acessibilidade gritante, mes­mo quando acham que está bem camuflada. Ser cadei­rante é “viver e não ter a ver­gonha de ser feliz”, mesmo quando as pessoas olham para a cadeira e já esperam ansiosas por uma historinha triste.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Na cadeira de rodas


Como lidar com a situação de acordar e estar "na cadeira de rodas". Bom comigo tudo começou em 17 de outubro de 2010 devido a um acidente de moto, e desde então minha vida mudou e tive que enfrentar novos desafios e aprender a viver "na cadeira de rodas".
Então hoje tive a ideia de criar este blog para que nós cadeirantes, familiares, amigos e simpatizantes pela causa possamos ensinar, aprender, discutir e tirar dúvidas sobre o dia a dia na cadeira de rodas.
Sejam bem vindos ao NA CADEIRA DE RODAS.

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